segunda-feira, agosto 30

Tô sumida, mas sou mãe!


Eu sei, eu sei. Estou muito ausente e realmente não tenho direito a perdão! Mas tenho um forte argumento em minha defesa: a maternidade! É isso. Eu sumi, mas sou mãe. E isso, acredite, é desculpa para tudo.

Há quase nove meses estou experimentando a incrível aventura de ser mãe. É louco, é sem sentido, é cansativo, é estressante, é uma viagem para um lugar sei-lá-onde! E, apesar de tudo isso, ainda é maravilhoso.

Até agora eu não tinha conseguido escrever uma só linha sobre o assunto. Sentimentos diversos, antagônicos e a vida louca que segue com a gente atrás tentando encontrar algum sentido ou algum caco do que costumava ser.

Isso mesmo, o que você costumava ser. Porque você não é mais. E eu era tão legal! Acabei me deparando com uma pessoa que eu não conhecia, um monstro à beira de um ataque de nervos, destemperada e que eu não conseguia imaginar para onde ia, que rumo iria tomar.

Quando o meu filho nasceu eu nasci como mãe. A velha eu, tão legal, tão pra cima, divertida, compreensiva, paciente e que conseguia sempre rir de tudo, inclusive de mim mesma, morreu! A minha versão mãe decididamente não era uma pessoa legal.

Mas, como tudo na vida, ter filho requer um período de adaptação e, como um novo relacionamento, muita paciência para conhecer o outro. Não ele. Meu filho parece que eu conheço há mil anos. A estranha sou eu.

Hoje, continuo tentando entender a mulher em que me transformei. E vou me moldando. Tentando, mais uma vez, me transformar no que acredito ser um modelo legal de gente. E meu filho tem me ensinado muito sobre gente legal. Porque ele é – e muito! Ri com tudo, para todos e até quando acorda. Provoca as pessoas para se divertirem com ele. Ele é a cara da felicidade. E isso torma a tarefa de ser mãe incrível.

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